Um dos projetos ambientais mais importantes desenvolvidos em Alagoas está fazendo aniversário. Criada em 23 de outubro de 1997, por meio de Decreto, a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC) chega aos 27 anos de existência nesta quarta-feira.
O trabalho é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio de um Conselho Gestor e de um Conselho Consultivo, permitindo a participação popular de pescadores, pesquisadores e representantes de instituições que atuam em defesa do meio ambiente nas regiões que englobam a APACC.
Com mais de 400 mil hectares de área e cerca de 120 km de extensão da costa, a APA Costa dos Corais tem como objetivo proteger os recifes e seu ecossistema, além de animais ameaçados de extinção, como o peixe-boi. É a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, desde a cidade de Maceió até Tamandaré, englobando quatro municípios pernambucanos e nove alagoanos.
Entre os principais ecossistemas, se destacam os recifes de corais, restingas, estuários, lagunas e manguezais. Esses recifes coralíneos são o segundo maior do mundo, menor apenas que a Grande Barreira de Coral na Austrália
A existência de recifes de corais e mangues é uma das principais características da unidade, garantindo uma alta biodiversidade representada por grupos marinhos como algas, corais, peixes, crustáceos, moluscos, mamíferos aquáticos e outros, e ainda inclui a ocorrência de espécies ameaçadas de extinção como o peixe-boi marinho, tartarugas e baleias.
A gestão da APACC busca conciliar as atividades humanas (pesca, turismo e pesquisa) com a conservação do meio ambiente, acompanhando, orientando e conduzindo o desenvolvimento social e as atividades produtivas de forma a impedir a degradação ambiental e assegurar a proteção dos recursos naturais, das paisagens e das culturas tradicionais.
A sede da Unidade de Conservação fica no estado vizinho, Pernambuco, na cidade de Tamandaré, no Centro de Gestão e Pesquisa de Recursos Pesqueiros do Nordeste – CEPENE. Em Alagoas, há uma base avançada na Barra de Santo Antonio e em Porto de Pedras, que dá suporte ao Programa Peixe-boi, desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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