A Secretaria de Estado do Turismo (Setur), em parceria com o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), lança o projeto Corais de Alagoas, que visa combater a crise socioambiental vivida por conta de fatores globais. A solenidade acontece na próxima segunda-feira (11), às 16h, no Marco dos Corais.
Os recifes de coral de Alagoas, diretamente atingidos por esta crise, vêm passando por um branqueamento em massa, um fenômeno ecológico crítico em que estes perdem suas cores vibrantes e tornam-se brancos ou translúcidos. O principal fator dessa reação é o aumento da temperatura da água dos oceanos em períodos prolongados de calor intenso, um reflexo decorrente das mudanças climáticas.
Para a secretária de Estado do Turismo, Bárbara Braga, são ações como essa que demonstram toda preocupação do Governo do Estado e de todas as partes envolvidas com a preservação do ecossistema, que também é importante para a geração de emprego para a população local e mundial.
“Estamos totalmente engajados e dispostos a combater esta crise mundial, que vem afetando os recifes de coral em Alagoas. Vale destacar que, de acordo com estudos, a contribuição econômica do turismo relacionado aos recifes de coral é estimada em mais de 180 bilhões de reais por ano no mundo. Ou seja, além de preservarmos e restaurarmos um ecossistema tão importante para a vida marítima, pensamos também no setor turístico e na geração de emprego e renda para a população. Uma ação importantíssima”, disse Bárbara Braga.
Importância dos recifes de coral
A existência desse ecossistema é importante tanto para a manutenção da vida marinha quanto para a vida terrestre, tendo alguns aspectos importantes que provêm desse sistema, como fonte de alimento, proteção costeira, recursos medicinais, turismo e biodiversidade.
Branqueamento dos recifes de coral
Um fenômeno ecológico crítico em que estes perdem suas cores vibrantes e tornam-se brancos ou translúcidos. O principal fator dessa reação é o aumento da temperatura da água dos oceanos em períodos prolongados de calor intenso; um reflexo decorrente das mudanças climáticas.
Com o aquecimento excessivo das águas, a principal espécie de alga que fornece nutrientes para o coral é afetada pela mudança que ocorre no Ph da água, fazendo com que estes percam a sua principal fonte de subsistência, o que os deixam vulneráveis a doenças e morte. Além disso, também afeta todo o ecossistema marinho que depende dos recifes de corais para sobreviver.
Restauração do ecossistema
De acordo com a proposta, o primeiro passo é resgatar colônias de corais tombadas em recifes degradados e colocados em posição de crescimento, que será desenvolvida inicialmente nos recifes de Maceió. Logo após, serão desenvolvidos e implementados berçários contendo sementeiras com colônias de corais.
A expectativa é que sejam replantadas mais de 500 colônias nas áreas a serem selecionadas como adequadas pelos parâmetros que serão mensurados na etapa de caracterização e monitoramento do projeto.
Qualificação do turismo
A atividade turística associada a regiões costeiras tem papel importante em destinos como Maragogi, Paripueira, Maceió e na Praia do Francês, localizada em Marechal Deodoro. Inclusive, liderando intenções de viagens de turistas nacionais e internacionais.
Práticas de turismo sustentável devem ser desenvolvidas, implementadas e monitoradas como forma de minimizar os impactos causados, permitindo o equilíbrio entre a conservação do ambiente e a manutenção das atividades turísticas e da geração de emprego e renda.
A proposta visa associar os conhecimentos sobre a ecologia dos recifes de coral com as boas práticas de turismo sustentável, criando um ambiente que favoreça a conservação deste ecossistema ameaçado, ao mesmo tempo em que conseguimos agregar mais valor ao turismo da região.
Apoio ao projeto
Vale reforçar que o projeto Corais de Alagoas, por sua importância de preservação e restauração do ecossistema, foi incentivado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), além das articulações de órgãos do estado, como a Secretaria de Estado da Ciências, Tecnologia e Inovação (Secti) e o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).