Incentivados pela Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária (Semtes), empreendedores de Maceió estão aproveitando as novidades do Parque Centenário e o grande movimento de pessoas no local para reforçar a renda. Com o faturamento neste fim de ano, eles esperam garantir, pelo menos, uma espécie de 13º salário.
No espaço, a prefeitura montou seis estandes, sendo três para exposição de itens artesanais e os demais de gastronomia. Também há casinhas do mesmo modelo, na Praça Gogó da Ema, no bairro de Ponta Verde.
Ao todo, são 28 grupos de artesãos e empreendedores de gastronomia, somando mais de 200 profissionais que farão sistema de rodízio nos espaços montados pelo município. A expectativa é que ultrapassem o valor de vendas do ano passado, que foi de R$100 mil.
Neste primeiro rodízio, maceioenses e turistas poderão comprar itens de Natal, peças de decoração, brinquedos e acessórios em geral. O valor é bastante atrativo também.
Sicélia Lima é artesã há pouco mais de 10 anos e modela peças de cunho religioso com massa de biscuit, transformando-as em excelentes opções para presentear ou simplesmente decorar a casa. Ela tem um ponto de venda fixo na Feirinha da Pajuçara e, agora, busca se tornar ainda mais conhecida.
“Espero que as vendas sejam maravilhosas. Fazemos parte da economia solidária da prefeitura e estamos sempre de prontidão para estes eventos. E é um grande incentivo pra gente, para aqueles que estão desocupados e precisam ganhar dinheiro”, destacou a artesã, que integra o grupo Mulheres de Talento no setor de Economia Solidária.
Andiara Brito é crocheteira há 30 anos e, nessa sexta-feira (6), dividia espaço no estande com a própria filha, Emilly Kaice Brito, que estava expondo sua arte pela primeira vez. Referência no ramo, Andiara disse aproveitar a chance de estar no Parque Centenário para conhecer pessoas novas e tornar seu talento mais conhecido entre os visitantes.
“Faço parte de um grupo de dez mulheres e cada uma faz uma arte diferente. Aqui e em outros lugares selecionados pela prefeitura estamos expondo nossos produtos. Sou da Bahia e moro em Maceió há seis anos. Aqui, consegui me estabelecer e viver do artesanato”, revela.
Já Emilly perdeu o emprego recentemente e resolveu ser dona do próprio negócio. Seguindo os passos da mãe, ela optou por unir ao crochê uma de suas maiores paixões, que é a arte em papel. Por isso, passou a produzir capas de cadernos, livros e marcadores de páginas com a lã.
“Aqui é a minha primeira exposição e estou muito feliz. Eu me encontrei no crochê, tendo a minha mãe como a maior referência. Aprendi desde cedo esta arte e já fiz até o meu vestido de noiva sozinha. Agora, vou me dedicar totalmente ao artesanato, já fiz meu perfil no Instagram e um email para anunciar as minhas peças”, ressaltou a jovem.
Pela primeira vez participando das atividades externas da Economia Solidária, a vendedora de algodão doce e pipoca Iara Dantas está com uma expectativa enorme para este fim de ano. Acostumada a fazer festas particulares, ela decidiu se cadastrar na Semtes para dar uma alavancada na renda. E revela que ficou bastante animada com a oportunidade de estar entre os empreendedores selecionados para vender no Parque Centenário.
“Já no primeiro dia que chegamos aqui percebi um movimento de público muito bom. Estou aproveitando esta chance para aumentar meu faturamento mensal e estou muito feliz em poder levar meu nome, a alegria e doçura para todas as festas e eventos de Maceió”, comenta.
Para Kelle Omena, que vende pizzas gourmet, eventos como este, no fim de ano, abre as portas para que empreendedores tenham êxito nos negócios. “O trabalho da Economia Solidária tem movimentado bastante a cidade. Isso é fundamental para a economia de Maceió crescer muito mais. E esse espaço, no Parque Centenário, foi uma estratégia maravilhosa da prefeitura para oportunizar muita gente”, avalia.