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O que encontrar em uma caminhada pela orla de Maceió

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Agora que você já sabe como embarcar em um passeio pelas piscinas naturais de Maceió, veja o que encontrar em uma caminhada pela orla da capital alagoana. Esculturas de personagens que fizeram história, obras de artistas alagoanos, museus, pinturas em muros, pontos instagramáveis e feiras de artesanato não vão faltar pelo caminho. Além disso, você pode se deliciar com a gastronomia local com as dezenas de barracas em funcionamento na orla de Maceió. Preste muita atenção no trajeto, se prepare para uma boa caminhada e deixe câmera do celular sempre prontinha para os cliques!

Começamos no bairro histórico de Jaraguá em direção à praia de Pajuçara.

Neste trajeto, você vai encontrar o Memorial à República, que faz uma homenagem aos marechais alagoanos que fizeram história na política brasileira. Com uma arquitetura moderna elaborada pelo alagoano Alex Barbosa, o Memorial é um espaço criado para contar um pouco a história da República. Infelizmente, o local não está aberto para visitas, ficando possível somente conhecer a parte externa, onde estão as esculturas de Marechal Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca, além de diversas bandeiras nacional, de estados brasileiros e outros países. O Memorial fica localizado na Avenida da Paz, s/n.

A poucos metros do Memorial à República, em direção à praia de Pajuçara, tem a escultura O Boi, do mestre artesão João das Alagoas, ceramista da cidade de Capela. A obra, que foi inaugurada em 2018 e restaurada em 2023, mostra o olhar do artista popular sobre o bumba-meu-boi e o universo que essa manifestação artística envolve. A escultura faz parte do Circuito Alagoas Feita à Mão e é um presente de aniversário do Governo do Estado aos 200 anos de Alagoas.

Mais adiante, está a Capelinha de Jaraguá, um ponto instagramável com vista para o mar, a céu aberto, e que pode ser reservado para cerimônias. O pôr do sol do local é um espetáculo à parte. Nos fundos da Capelinha, está o Porto de Maceió.

Em frente à capelinha, está o prédio histórico da Associação Comercial de Maceió. Inaugurado em 1928 para ser o Palácio do Comércio, o prédio abriga, além da sede da Associação Comercial de Maceió, o Museu do Comércio, que conta um pouco da história dessa atividade econômica e também do bairro do Jaraguá. O local está aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h, e das 13h às 17h. O endereço é Rua Sá e Albuquerque, nº 467, Jaraguá.

Andando um pouco, você encontra o terceiro protótipo da estátua da liberdade. Nos fundos, está o Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), que funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 16h, com um rico acervo do audiovisual, e entrada gratuita. O Misa está localizado na rua Sá e Albuquerque, nº 275, Jaraguá. Instagram: @misaalagoas.

Bem pertinho da estátua, mais especificamente em frente à ela, está o Mercados das Artes 31. Com uma diversidade de peças produzidas no estado, o local também é palco de apresentações culturais. O espaço abre diariamente, das 10h às 21h, e está localizado na Avenida Cícero Toledo, nº 31, Jaraguá. Vale destacar que o mercado fica ao lado do Centro Pesqueiro, onde é possível comprar pescados fresquinhos, recém-chegados do mar, bem como conhecer vendedores e pescadores nativos. Instagram: @mercadodasartes31.

Saindo do mercado e passando pelo Porto de Maceió, você vai ver muros bem lindos e coloridos com pinturas de artistas alagoanos. Homenagens à mulheres alagoanas que fizeram e continuam fazendo história em diversas áreas do conhecimento, elementos da cultura popular e da natureza são alguns dos temas encontrados. Artistas como Adriana Jardim, Pedro Lucena, Rafael Santos, Joyce Nobre e Munganga deixaram as ruas de Maceió mais alegres com seus olhares poéticos e cores vibrantes em suas obras. Prepare a câmera porque muitos belos cliques estão garantidos!

Pajuçara

Além de uma linda praia e ponto de embarque para o passeio até as piscinas naturais, o bairro da Pajuçara também reserva boas surpresas em uma caminhada pela orla. No Memorial Teotônio Vilela, o destaque vai para a imagem do menestrel das Alagoas, que dá nome ao espaço. Assim como o Memorial à República, o local está fechado para visitas, mas é possível conferir a parte externa, onde fica a estátua de Teotônio Vilela. O Memorial Teotônio Vilela fica na Avenida Dr. Antônio Gouveia, principal da praia de Pajuçara. 

Na mesma avenida, depois da Praça Multieventos, onde está sendo construída uma roda gigante, é possível encontrar a estátua de Paulo Gracindo, ator, radialista e apresentador de televisão. Grande nome do teatro brasileiro, Paulo Gracindo nasceu no Rio de Janeiro, mas se considerava maceioense por ter vindo ainda bebê morar na capital alagoana.

Logo depois, tem a obra A Sereia, do mestre Zezinho, artesão da cidade de Campo Alegre, que transforma madeira bruta em coloridas representações da natureza e do povo alagoano. A escultura, inaugurada em 2017 e restaurada em 2023, também faz parte do Circuito Alagoas Feita à Mão e é um presente de aniversário do Goveno do Estado aos 200 anos de Alagoas.

A Pajuçara bairro possui dois ótimos locais para quem quer conhecer e levar uma lembrancinha pra casa com o que é produzido pelas mãos do nosso povo: a Feirinha do Artesanato, que funciona todos os dias, das 9h às 22h, e fica do lado da praia, ainda na Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros.

Do outro lado da avenida, está o Pavilhão do Artesanato, que também reúne uma grande diversidade de produtos locais, com horário de funcionamento das 10h às 22h, diariamente.

Ponta Verde

Uma das praias mais bonitas e turísticas da capital, a Ponta Verde também reserva uma boa caminhada com muitas surpresas pelo caminho. Na avenida Silvio Carlos Viana, a principal da praia, começamos pela estátua de Graciliano Ramos, escritor e jornalista, autor de clássicos da literatura brasileira, como Vidas Secas. Natural da cidade de Palmeira dos Índios, mestre Graça parece caminhar por uma das orlas mais bonitas do Brasil.

Do outro lado, no canteiro central da praia, está a Obra Beija-flor, feita pelo artista alagoano Fredy Correia, que usa o aço para produzir suas obras. O monumento foi idealizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Cresci) para homenagear a categoria.

No canteiro central, tem mais um ponto instagramável, a famosa cadeira gigante chama a atenção. Todos os dias, uma multidão forma fila para tirar uma foto. A cadeira é tão grande que é preciso uma ajudinha pra subir nela e tem até um comerciante que aluga uma escada. O endereço é rua José Freire Moura, nº 26-8.

Voltando para o calçadão da praia, é possível encontrar um dos espaços mais famosos da cidade, o tótem “Eu Amo Maceió”. Sim, uma foto ali é um clichê obrigatório no álbum de fotografias não só dos visitantes, como também dos próprios maceioenses e alagoanos de outras cidades.

Andando um pouquinho mais, encontramos a escultura do Cavalo-marinho, uma homenagem da prefeitura de Maceió ao Alagoas Iate Clube, mais conhecido como Alagoinha, em seus dias de glória. O Alagoinha foi palco de diversos eventos, entre os anos de 1970 e 2005, ao lado da cavalo-marinho, que foi retirado do local anteriormente e a gestão municipal colocou esse da foto como forma de resgatar um ícone que acompanhou Alagoinha em seu tempo áureo. 

Pouco depois, você encontra o Marco dos Corais, onde era o antigo Alagoinha. O espaço possui uma vista privilegiada do mar de Maceió e proporciona uma oportunidade para você sentar e relaxar em um dos bairros mais movimentados e turísticos da capital. Sim, isso é possível! O Marco dos Corais, espaço para contemplar a belíssima praia da Ponta Verde, é descrito como “uma praça dentro do mar”. No Natal, o local recebeu uma árvore gigante. O Marco dos Corais também é palco de eventos culturais.

Após a curva do mar da Ponta Verde, na avenida Álvaro Otacílio, o Aurélio Buarque de Holanda, lexicógrafo, professor, tradutor, ensaísta e crítico literário brasileiro, natural da cidade de Passo de Camaragige, litoral norte alagoano, o autor do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa e membro imortal da Academia Brasileira de Letras, é representado por uma estátua, sentada em um banquinho com um livro na mão.

Jatiúca

A praia de Jatiúca é mais um cartão postal de Maceió que reúne arte, cultura e história. No Corredor Vera Arruda, a escultura da maceioense Nise da Silveira com um gato, uma de suas grandes paixões, faz uma homenagem a uma das médicas mais importantes da história do Brasil, que revolucionou a psiquiatria. Uma mulher à frente de seu tempo que lutou contra técnicas como o eletrochoque, humanizando o tratamento com a arteterapia e animais co-terapeutas.

Na curva da praia da Jatiúca, a escultura de barro O Beijo, da mestra Dona Irineia, embeleza ainda mais o cenário com a Lagoa da Anta e o mar de fundo. Dona Irineia é patrimônio vivo de Alagoas, natural da cidade berço do Quilombo, União dos Palmares, mais especificamente povoado de Muquém, ela é descendente de quilombola e mantém com alegria a tradição da confecção do artesanato de barro.

Cruz das Almas

A cultura preta é reverenciada na praia de Cruz das Almas. Finalizando o nosso passeio, encontramos a estátua de Ganga Zumba, na praça que também recebe o seu nome. Filho da princesa Aqualtune e irmão de Sabina, a mãe de Zumbi dos Palmares, ele foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares, um dos muitos quilombos da era colonial no Brasil que servia como abrigo aos escravos fugitivos. Símbolo de força e resistência, Ganga Zumba celebra a nossa ancestralidade na praia de Cruz das Almas.

Imagens: ¹ Christopher Nascimento, ² Hannah Copertino.

Sobre o autor
Picture of Hannah Copertino

Hannah Copertino

Jornalista, pós-graduada em assessoria de comunicação e marketing, possui experiências em telejornalismo e assessoria de comunicação. Eterna apaixonada pela natureza, arte e cultura, é alagoana de Maceió e uma das fundadoras do Desembarque Alagoas.
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